O que se sabe e falta esclarecer sobre diarista que desapareceu por 5 dias e foi encontrada morta no ES

  • 08/05/2025
(Foto: Reprodução)
O corpo de Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrado na última quinta-feira (1°), com sinais de violência, em Vila Velha, no Espírito Santo. Um homem foi preso, mas a polícia segue com buscas pelo autor do crime. Doméstica Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, que saiu para caminhar foi encontrada morta no Espírito Santo Arquivo Pessoal A diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, saiu para caminhar num sábado e manhã, ficou cinco dias desaparecida e foi encontrada morta, com pés e mãos amarrados, cinco dias depois, em 1º de maio. O corpo da mulher estava em um local de brejo, próximo à Rodovia Leste-Oeste, em Vila Velha, na Grande Vitória, onde a vítima morava. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Ela foi enterrada na tarde de sábado (3) após uma cerimônia rápida, com o caixão fechado, no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta. O caixão não pôde ser aberto, devido ao estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado. Iraci trabalhava como diarista e manicure e tinha seu próprio salão. A vítima é da cidade de Nanuque, Minas Gerais, mas já morava no Espírito Santo há muitos anos, onde teve três filhos e três netos. A mulher também deixou dez irmãos. Confira abaixo o que já se sabe sobre o caso e o que ainda precisa ser esclarecido. Em que circunstâncias a mulher desapareceu? Como e quando as buscas começaram? As buscas chegaram a ser suspensas? Como e quando a mulher foi encontrada? O corpo estava com marcas de violência? Alguém foi preso pelo crime? Qual é a principal suspeita da polícia? Alguma imagem de câmera de segurança está sendo analisada para ajudar nas investigações? Moradores realizaram protestos para pedir mais segurança no bairro onde a diarista foi encontrada? 1- Em que circunstâncias a mulher desapareceu? Segundo familiares da vítima, Iraci estava morando sozinha no bairro Vale Encantando, em Vila Velha, há dez dias, após a filha mais nova ter se casado e saído de casa. A mulher tinha o hábito de caminhar em dias de folga pelas ruas do bairro. Algumas vezes, até praticou o exercício com um dos filhos. O percurso é conhecido como "reta do Vale", nas proximidades da Escola Municipal Joffre Fraga. No sábado, dia 26 de maio, a diarista saiu para caminhar pela manhã, por volta das 8h15, e tinha combinado de tomar café com a cunhada quando voltasse da atividade física. Mas ela não apareceu. 2- Como e quando as buscas começaram? Investigadores vasculham matagal em Busca de diarista que sumiu no ES A filha mais nova de Iraci estranhou a demora da mãe em voltar da caminhada no sábado e foi até o apartamento dela. Na residência, a filha encontrou o celular da diarista em cima da cama. A nora da diarista, Camila de Oliveira Silva Teixeira, informou que a sogra não saía para caminhar com o aparelho com medo de ser roubada. No domingo, os filhos da vítima já começaram a realizar buscas pela região e passaram em hospitais procurando pela mãe. 3- As buscas chegaram a ser suspensas? Com o passar dos dias, o filho da vítima, Fábio Teixeira, informou que organizou um mutirão com a ajuda de vizinhos para encontrar Iraci. Mas o homem comentou que a família foi informada pela polícia de que as buscas seriam suspensas durante o feriado do Dia do Trabalhador. "Na terça à tarde, começaram as buscas pela Polícia Civil. Aí tudo certo. Aí, a minha esposa chegou e perguntou: 'quinta-feira é feriado, vão continuar as buscas?'. A escrivã informou: 'não, só funciona interno, externo não funciona porque é feriado'. Mas é um serviço público, funciona 24 horas. Como que minha mãe está desaparecida e vão parar as buscas e só vai voltar na sexta-feira? Eu falei: 'vocês podem até parar, mas eu não vou deixar de procurar minha mãe, não vou desistir de buscar minha mãe, eu vou encontrar minha mãe'", relatou Fábio. Filho diz que polícia suspendeu buscas por diarista no ES por causa do feriado Na quarta-feira (30), o Corpo de Bombeiros realizou buscas utilizando cães farejadores na região de mata em ruas e bairros próximos do local onde a vítima morava. A Polícia Civil negou a informação de que as buscas seriam suspensas e disse que a operação continuaria ao longo do dia. O delegado-geral da Polícia Civil do estado, José Darcy Arruda, disse em entrevista ao Bom Dia ES na sexta-feira (2) que os trabalhos não pararam, já que as investigações continuaram por meio da inteligência, e que a programação do feriado incluía buscas em campo. 4- Como e quando a mulher foi encontrada? A Polícia Civil informou que o corpo de Iraci foi encontrado por uma pessoa que não era da família na manhã de quinta-feira (1º), no bairro Vale Encantado. A vítima estava em uma área alagada, com pontos de mata fechada em uma região de difícil acesso no final da Rua Monte Sinai, nas proximidades da Rodovia Leste-Oeste, e próximo onde a mulher morava. "Estávamos programando para voltar na quinta-feira com o Corpo de Bombeiros. Toda a equipe estava se preparando para isso quando tivemos a informação que uma pessoa, que estava trabalhando tanto na terça como na quarta, também nas buscas, juntamente com a polícia, havia encontrado o corpo. Existe todo um preparo. A polícia não age de forma rotineira. Ela tem todo um planejamento. Estávamos nos planejando para as equipes se encontrarem e se dirigirem para o local. [...] Uma pessoa, que não é da família, foi para o local mais cedo e logrou encontrar", explicou Arruda. 5- O corpo estava com marcas de violência? Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrada morta em uma área alagada em Vila Velha, no Espírito Santo. Arquivo pessoal Segundo os investigadores, a vítima estava de bruços, em uma cova rasa, com mãos e pés amarrados, já em estado de decomposição. A família fez o reconhecimento ainda no local, porque uma parte das roupas que a vítima usava no sábado foi identificada pelo filho. O investigador Walter Santana disse que o corpo seria encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML), mas a perícia que foi feita no local constatou sinais de violência. "A gente fez a perícia e estão fazendo a investigação inicial. Percebemos que o corpo foi violentado, tem afundamento de crânio bilateral. Ela apresenta lesões no crânio e no corpo. Provavelmente, um instrumento contundente que o assassino usou para poder matar a senhora. A gente verificou que os pés e as mãos estavam amarrados com uma camisa branca, prejudicando até que a vítima viesse a se proteger da violência", relatou o investigador Walter Santana. A família informou que o laudo pericial que vai apontar se Iraci sofreu violência sexual deve sair até esta quinta-feira (8). O g1 procurou a Polícia Civil, que informou que detalhes da investigação não serão divulgados. 6- Alguém foi preso pelo crime? O responsável pela morte ainda é procurado pela polícia. Mas, no momento, ainda é investigado a possível ligação de um homem preso por porte ilegal de arma na última quinta-feira (1º) com a morte da diarista Iraci de Souza Teixeira. O suspeito de 35 anos foi detido pela Polícia Militar nas proximidades da casa onde a vítima morava, no bairro Vale Encantado. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes, a prisão ocorreu horas após o corpo de Iraci ter sido encontrado. "Ele foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. Estão sendo realizados levantamentos para ver a participação desse indivíduo, se ele realmente participou desse crime. Estamos analisando as câmeras de monitoramento e também aguardando o laudo cadavérico para verificar as lesões, se foram praticadas com arma branca", afirmou Ximenes. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, afirmou que, no momento em que foi preso, o homem não tinha condições de prestar depoimento, mas será investigado. "Uma pessoa foi presa, mas ela estava totalmente alcoolizada, entorpecida, cheia de fezes, com falas desconexas. Aguardamos até a madrugada e a interrogamos. Ele nega veementemente, diz que não conhece (a vítima). Mas isso não está descartado. Vamos buscar todas as informações", explicou o chefe da corporação. O suspeito segue preso no Centro de Triagem de Viana (CTV). Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. 7- Qual é a suspeita da polícia? Fábio Teixeira ao lado da mãe, a diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, que foi enterrada neste sábado, em Vila Velha, no Espírito Santo. Arquivo pessoal A primeira suspeita da polícia é de que quem cometeu o crime conhecia bem o local. "A pessoa conhecia o lugar muito bem. Até mesmo porque o acesso é inviável, tem um brejo e a mata não foi batida", disse o investigador da Polícia Civil, Walter Santana. Moradores do bairro relataram que um homem assediava mulheres no local onde Iraci saía para caminhar. O g1 questionou a Polícia Civil para saber se esse homem foi encontrado e ouvido pela polícia, mas o órgão afirmou apenas que as equipes estão atuando com afinco diariamente, com o objetivo de oferecer respostas aos familiares. Informações que possam contribuir com o trabalho investigativo podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia 181. A família disse que não desconfia de quem pode ter cometido o crime. 8- Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas? Um vídeo registrou momento em que a mulher sai do condomínio onde morava com roupas apropriadas para atividades físicas. Parentes relataram que não tiveram acesso a mais nenhuma imagem de câmera de segurança e não sabem de mais nenhum vídeo que possa ter registrado o crime. Mas uma empresa que fica na rodovia também conseguiu registrar a diarista caminhando na calçada, pouco depois das 8h da manhã. 9 - Moradores realizaram protestos Protesto pede por justiça e segurança em rodovia onde diarista saiu para caminhar e foi encontrada morta no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Após a morte da diarista, um grupo de pessoas protestou no domingo (4) por justiça e pedindo mais segurança na Rodovia Leste-Oeste, que liga os municípios de Vila Velha e Cariacica, na Grande Vitória. O ato foi organizado por grupos de ciclismo e corrida. Os participantes se vestiram de branco e usaram cartazes e balões. O protesto saiu do bairro Bela Vista, em Cariacica, com destino ao condomínio onde a diarista morava, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. Um dos principais motivos da manifestação é o pedido de mais segurança para quem usa a via para praticar caminhada, corrida e ciclismo, assim como a diarista Iraci fazia rotineiramente. O ato terminou em frente ao condomínio onde a diarista morava. As filhas da vítima também participaram da passeata e cobraram melhorias na região VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

FONTE: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2025/05/08/o-que-se-sabe-e-falta-esclarecer-sobre-diarista-que-desapareceu-por-5-dias-e-foi-encontrada-morta-no-es.ghtml


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